terça-feira, 17 de janeiro de 2012

PTD - PLANO DE TRABALHO DOCENTE

COLÉGIO ESTADUAL NESTOR DE CASTRO – EFM






PLANO DE TRABALHO DOCENTE DA
SALA DE RECURSO
ENSINO FUNDAMENTAL





 PROFESSORA: SOLANGE T. DONEL ERNZEN
                     





DIRETORA: VALÉRIA TARTARI BAVARESCO
DIRETORA AUXILIAR: DÁRIA E. ARENHART





PEDAGOGA: ELAINE ERNZEN
       





SULINA,  2010

1-CONTEÚDOS

    Os conteúdos serão baseados no Plano de Trabalho Docente do professor regente da série regular que o aluno frequenta  perante as dificuldades que os alunos  apresentam.


2-OBJETIVO

        Sala de recursos é a implementação de Serviços de Apoio Pedagógico Especializado e tem por objetivo melhorar a qualidade do ensino/apendizagem, mediante reorganização curricular que favoreça a adoção de “novas metodologias”,  bem como a inclusão gradativa do educando.



3-OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Atender alunos que estejam apresentando dificuldade de aprendizagem.
    - Oferecer  atendimento diferenciado ao aluno das classes de Ensino Regular, pelo enriquecimento de recursos, pela variedade de procedimentos e pela individualização no atendimento.

    - Possibilitar atividades que desenvolvam o aluno como agente de sua aprendizagem, pela valorização de sua identidade e pela consciência do valor do conhecimento para uma vida mais plena.

    - Promover a valorização de outras habilidades e potencialidades do educando, bem como a questão da afetividade e de outros caminhos que tragam felicidade, autonomia e realização para o aluno.



4-JUSTIFICATIVA

A Sala de Recursos é um espaço de investigação e compreensão dos processos cognitivos, sociais e emocionais, visando a superação das dificuldades de aprendizagem e o desenvolvimento de diferentes possibilidades dos sujeitos.
Sala de recursos é um ambiente com equipamentos, materiais e recursos pedagógicos específicos à natureza das necessidades especiais do aluno. Nesse ambiente se oferece a complementação do atendimento educacional realizado em classes do ensino comum, por professores especializados. Nesta sala deverão ser atendidos os alunos de diversas faixas etárias, matriculados em diferentes níveis   do Ensino Fundamental anos finais, sempre que necessitarem de atendimento especializado, como complemento do ensino ministrado em classe comum.
    As atividades nestas salas seguem uma dinâmica de trabalho condizente com as dificuldades e necessidades dos alunos e dos recursos a serem adaptados.

5- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Os alunos que frequentam a Sala de Recursos são atendidos até três vezes por semana de forma individual ou em pequenos grupos pelo período de no mínimo 45 minutos e no máximo de 2 horas. Neste período os alunos trabalham com materiais e recursos pedagógicos, através de um atendimento diferenciado. O planejamento para o trabalho com cada criança é traçado a partir de uma avaliação diagnóstica, realizada de maneira interventiva, objetivando a percepção das potencialidades do aluno.
    Através do uso de várias atividades adequadas ao momento do estudante, é possível ajudá-la a ter consciência de como ele aprende, como é capaz e o quanto o aprender é gratificante.
    O educador deve oferecer caminhos alternativos para a aprendizagem, sempre que for necessário, bem como fazer com que essas experiências estejam contextualizadas.
Durante o trabalho, podem acontecer projetos que facilitem a construção de habilidades, conceitos e competências.

6-PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS DO TRABALHO

 Criar condições para que o trabalho da Sala de  Recursos seja diferente do da sala de aula (individual, pequenos grupos de  alunos),
 Resgatar o prazer de aprender e, ao mesmo tempo, valorizar a importância do esforço e da perseverança no trabalho.
 Ouvir o aluno e, através dessa escuta, descobrir o “melhor caminho” a ser seguido para que a aprendizagem aconteça.
  Identificar e utilizar tudo o que é motivador para esse aluno.
 Ajudar o aluno a descobrir como ele aprende e como deve estudar para obter sucesso na escola.
 Criar o hábito da auto-avaliação constante, revendo tudo o que é realizado.
Contar com material variado que ajude na leitura.
 Estimular trabalhos que envolvam criatividade.
 Resgatar sempre a auto-estima, mostrando para a criança seus avanços, incentivando-a a prosseguir, melhorando seu desempenho, quer de hábitos sociais, quer de conteúdos previstos.
 Estabelecer metas a serem alcançadas, valorizando seu desenvolvimento.
 Família e aluno devem assinar um compromisso de trabalho com a Sala de Recursos envolvendo a questão da frequência e pontualidade.
 Se houver necessidade, a criança pode ser encaminhada a outros serviços (fonoaudiológico, psicológico).

7-PASSOS PARA O ATENDIMENTO


    Encaminhamento pelo professor regente de turma ao pedagogo e professor Especializado da Sala de Recursos
     Reunião com os pais dos alunos encaminhados.
    – Início da avaliação dos alunos.
    – Proposta de atendimento na Sala de Recursos e compromisso dos pais com relação à frequência de seu filho.
    Inserção e atendimento do aluno.- Reunião com Professor Regente da turma, Pedagogo e Professor Especializado.
    Terminalidade do atendimento.
8-ATENDIMENTOS PARALELOS: PAIS, PROFESSORES E ORIENTADORES.
PAIS

Desde a entrevista inicial, os pais podem procurar a Sala de Recursos para algum tipo de orientação ou esclarecimento sobre o trabalho que é desenvolvido com seu filho. Além disso, há reuniões  com os responsáveis, que explicam como se desenvolve o Atendimento na Sala de Recursos.

Professores e Professor da Sala de Recursos
A professora responsável pela Sala de Recursos mantém contato permanente com os professores regente de turmas.
Os professores  regentes de turmas além de encaminhar os alunos, preencher  os relatórios anexos  podem permanentemente  acompanhar o trabalho  da Sala de Recursos através da leitura e análise de relatórios, fichas de avaliação e toda , documentação escolar participando de  observações sobre o aluno no seu desempenho escolar.
Pedagogo
O contato com o pedagogo é ainda mais frequente através de encontros e reuniões, pois entendemos serem eles os elos que unem o trabalho da Sala de Recursos e o processo educativo das crianças atendidas na sala de aula.

9-RECURSOS DIDÁTICOS

    Para desenvolver as atividades recorrer-se-á a vários recursos didáticos: jogos educativos, vídeos de motivação, cartazes, textos, atividades diversas (quadrinhas, músicas, poesias etc), tv multimídia  e laboratório de informatica.

10-AVALIAÇÃO



-  Verificar e acompanhar o histórico do aluno:
-    Descrição das características do aluno (sociabilidade e afetividade)
-    Relacionamento com a família e grupos
-    Antecedentes de atendimento (caso já tenha frequentado outra escola)
-    Antecedentes de atendimento de outra natureza (clínicos e terapêuticos)

- Relacionamento do aluno na escola onde está matriculado (Com os professores e colegas)

- Relacionamento do aluno com o professor especialista

- Relacionamento com seu grupo social
-Observar o aluno quanto:
-    Interesse
-    Atenção
-    Concentração
-    Execução da atividade
-    Pontualidade (frequência do aluno)
-    Compreensão e atendimento a ordens
-    Desenvolvimento de habilidades de vida diária
-    Desenvolvimento de habilidades para a vida autônoma
-    Organização do material pessoal
-    Habilidade sensório-motora
-    Percepção de diferenças e semelhanças
-    Orientação temporal
-    Orientação espacial
-    Linguagem e comunicação oral
-    Linguagem e comunicação escrita
-    Raciocínio lógico-matemático
-    Expressão criativa
-    Conteúdos pedagógicos: referentes a leitura, escrita espontânea,  interpretação de pequenos textos, percebendo qual a fase que o aluno se encontra.

10-REFERENCIAS

ALMEIDA, Maria Amélia. A educação especial no Paraná: revendo alguns aspectos
 de sua história. In: ALMEIDA, M. A. (org.) Perspectivas multidisciplinares em educação
 especial. Londrina: Ed. UEL, 1998. pp.11-14.


BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9394/96. Brasília, 1996.


BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Especial. Política
 Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP: 1994.


BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Nacionais
 para a Educação Especial na Educação Básica. Parecer CNE/CEB n.017/2001


EDLER CARVALHO, Rosita. Educação inclusiva: com os pingos nos is. Porto Alegre:
Mediação, 2004.


FACION, José Raimundo(org.) Inclusão escolar e suas implicações. Curitiba: IBPEX, 2005.


FERNANDES, Sueli. Fundamentos para Educação Especial. Curitiba: IBPEX, 2006a.


FERNANDES, Sueli. Metodologia da Educação Especial. Curitiba: IBPEX, 2006b.


PARANÁ, Conselho Estadual de Educação. Deliberação n.o 02/2003.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Especial.
Fundamentos teórico-metodológicos da educação especial. Curitiba, SEED/SUED/DEE:

1994.


ROSS, Paulo R. Educação e trabalho: a conquista da diversidade ante as políticas
 neoliberais. BIANCHETTI, L; FREIRE, I. In: Um olhar sobre a diferença: interação, trabalho
 e cidadania. Campinas – SP: Papirus, 1998.