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O GRILO
O grilo resolveu mudar de casa. Andava
fazendo muito calor e não dava mais para aguentar o abafamento da sua casa,
construída embaixo de uma lata velha.
Dizendo isso, saiu à procura
de um lugar para construir a nova
casa. Achou uma terra bem fofa, embaixo de uma árvore. Gostou dali e começou a
cavar: rec, rec, rec, rec. Estava bem adiantada a construção, quando ouviu uma
voz fraquinha que dizia:
-
Cave em outra direção, porque você
está quase furando a parede da minha casa. Quem está falando aqui é a Minhoca
Rajada. Ando muito doente, e se o senhor estragar esta casa o que será da minha
vida? Vivo sozinha, não tenho ninguém para me ajudar a fazer outra.
-
Desculpe-me, senhora Minhoca.
Vou-me embora e já. Pelo que vejo não há lugar par mim embaixo desta árvore.
Nem tentarei cavar em outra direção. Parece-me já estar ouvindo outra moradora
reclamar. Irei para longe! Não voltarei mais, podem ficar sossegadas. As paredes
das suas casas não cairão
por minha causa. Adeus, para sempre! Voltarei a
morar em cima da terra.
Dizem que agora ele mora no oco de uma
árvore velha. É bem possível, pois quem passa por lá ouve um cri-cri alegre,
que alegra o coração da gente.
SILVA, Lygia Camargo;
CASÉ, Agostinho. O grilo. São Paulo: Ática, 1986.
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